Pipoca aquí, alí, pipoca lá.
Quando amanhece acabou
Tüdo mudou
Rosna um ruidoso coração
Que pus na palma da tua mão
E foi ao chão
Rosna o peito inflado
O ombro cansado
Os olhos inchados
Quanta estrada e poeira
Esse sobe e desce ladeira
Escorregadia, qual cêra
Aflita e vadia essa pera
Que mordo a carne, festeira
De lebre solta, a rameira
Tens idéia de vazios?
O quanto aqui se faz de frio
Onde guardei meu desvario?
Onde pus aquele brio
Tudo culpa do meu cio
Estou vagando no meu Rio
E você, como é que está?
Ainda vive a poetar ?
Que saudades de rimar
Com seus versos flertar
Me entregar, amar, casar
Nem te lembras mais de quem
Qual estrela de Belém
Já passou a mais de cem
Como bala, como trem
E sumiu sem jamais vê-la
Contentando em envolvê-la
Em poesias e mesquinheiras
Salpicads de estrelas
Hoje o dia é outro
A palavra prêsa ao goto
O verso flui tão roto
Envelheceu o broto
O feto nasceu morto.
Mas voltarei a vê-la
Dobrando a esquina de Brasilia
Eu voltarei a tê-la
Coberta em redondilhas
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário