terça-feira, 21 de agosto de 2007

ACHO * de Marantbarfer

Acho que só quis me transformar, em tantos
Fingir dançar um tango.
Eu, quase argentino
Fraude a obsequiar o óbice.
Oblação ao obsceno
Eu, blefe do meu próprio destino

Estranho e só, de volta ao pó
Espírito que voa no azougue dessa proa
Eu que quis ser pássaro que voa
Estranho pó, de volta ao só
Eu estorvo do nada, vagando sob o sol

Não quero mais falar de mim,
Nem de você
Só quero um par de óculos escuros e nada mais ver!
Está tão gelado o meu coração!
Porque tremula assim a minha visão?

Ah! Essa moça que passa e me lembra um clarão
Não, não há não.
Na verdade não é aquela emoção
Aquilo, nunca mais!
Não aqui. Nesse porão...
Acho.

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