COCHICHOS DE AMORES
Poder falar coisas pecaminosas, baixinho,
Arrepiar
Roçar os pés, esbarrar as mãos, olhar nos olhos
Romper a barreira sutil da incerteza, da segurança
Que antecede o primeiro e inesquecível beijo
Reparar nas reações do corpo tão puro
Descobrir que não há mais tempo, o dia é hoje
Escrever nossos momentos sublimes em ricos port-fólios
Levar teu hálito e os outros cheiros como as melhores lembranças
E repetir exaustivamente (até aprender) o inesquecível beijo
Pedir tua mão pra sempre e não mais devolver o todo
Te abusar, devagar, sem espantar, de forma a ser eterno
Poder contar à luz da lua, os pêlos tênues que vento elevando toca
Massagear teus pés, enrubescer tuas coxas e contemplar o pudor
E agora me dar conta, que tão deveras tonta me juras que estás pronta
Com tal sofreguidão, te invadir de modo a esquecer que mordo
As loucas e sensíveis partes que sonhei em ver assim tão perto
E por ter esse universo de prazer em minha boca
Te lambuzar o prazer e incendiar de vez o nosso amor
E agora que os delicados espasmos, arroubos de loucuras, são de perder a conta
Percebo que começamos a nos amar de fato, para todo o sempre
Que a luz que acendemos aqui é estrela do eternamente!
Em baixo dessas cores
Há amores!