quarta-feira, 30 de abril de 2008

ESTRELA DO ETERNAMENTE * Marferart

















COCHICHOS DE AMORES
Poder falar coisas pecaminosas, baixinho, em murmúrio
Arrepiar
o todo e tornar rijo o que é doce
Roçar os pés, esbarrar as mãos, olhar nos olhos
Romper a barreira sutil da incerteza, da segurança
Que antecede o primeiro e inesquecível beijo

Reparar nas reações do corpo tão puro
Descobrir que não há mais tempo, o dia é hoje
Escrever nossos momentos sublimes em ricos port-fólios
Levar teu hálito e os outros cheiros como as melhores lembranças
E repetir exaustivamente (até aprender) o inesquecível beijo


Pedir tua mão pra sempre e não mais devolver o todo
Te abusar, devagar, sem espantar, de forma a ser eterno
Poder contar à luz da lua, os pêlos tênues que vento elevando toca
Massagear teus pés, enrubescer tuas coxas e contemplar o pudor
E agora me dar conta, que tão deveras tonta me juras que estás pronta

Com tal sofreguidão, te invadir de modo a esquecer que mordo
As loucas e sensíveis partes que sonhei em ver assim tão perto
E por ter esse universo de prazer em minha boca
Te lambuzar o prazer e incendiar de vez o nosso amor
E agora que os delicados espasmos, arroubos de loucuras, são de perder a conta

Percebo que começamos a nos amar de fato, para todo o sempre
Que a luz que acendemos aqui é estrela do eternamente!



Em baixo dessas cores
Há amores!


sábado, 19 de abril de 2008

Reconsiderando * Marferart


Reconsiderando...

Não estou te devolvendo presente tão belo

Estou apenas sendo grato pelo teu amor sem preço
Sendo grato pelo que revelas e eu não revelo
Não com tanta fôrça, com as entranhas ao avesso

Eu que cheguei tarde na história e já não te mereço
Eu que tenho o peito partido por pancadas de martelo
Que apanho nas penúrias, nas quais não cresço
E perco o apreço do teu corpo, do que me é mais belo

Preso nesse emaranhado de truculências do minha vida
Preso no calabouço úmido e sombrio da assaz ferida
Vejo que existência passa sem exitar, perdida
E nada posso fazer para ter minha mulher querida.

NÓS IDIOTIZADOS * Marferart


art mar fer

Já pensou?
Nós dois idiotizados, de mãos dadas
(isso é muito importante), olhando o mar?

Silêncio no mundo, só nossos pensamentos
indiscretos e uma canção de John Denver ao fundo.

Quer um sorvete? - te pergunto
Quero, sabor paixão... - respondes sorrindo.
Como não resisto teu sorriso me empenho
na questão e vou aos Campos Eliseos, ao Olimpo.
Por fim, como os deuses, resolvo.

Passo o lenço vermelho sobre a mão esquerda e Oh!...
Uma casquinha sabor amor repleta do tal sorvete sabor paixão,
com cobertura de PAZ achocolatada, que não engorda...

Como por magia, como você merece, envolto em sonho.

Ainda sentí o frescor da névoa pálida no Jardim de Alah
e o sabor de um batom rubro como essas letras,
quando acordei do sonho...

Não estavas lá, mas eu estava feliz!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

COMO UM LOBO SOLITÁRIO * Marferart




Como Um Lobo Solitário


Quando repenso a poesia que Joca falou
Cravo no peito o punhal do mais profano amor
Jorro a lava de fogo pro fundo do mar
E mancho em vermelho a prata da luz do luar

Luz de cetim que rebrilha a língua polida da foice
Lume infinito que o arbítrio violento rebate na gana do açoite
Num céu bordado de estrelas no longíguo ventre do escuro da noite

Já me esgueirei pelas sombras de El Salvador
Perambulei por Saigon em vielas tão prenhes de horror
Sheron Thomaz de Aquino é o fino perfil do esplendor
Ao ver quão sutíl é o amor me gritou: " I Dont'Now!"

Tola papoula estiola perfumes tão raros na moça da esquina
Rubros coágulos vírgens provocam vertigns nessa bailarina
E eu continuo à rasgar essa noite com a fôrça de um raio
Como um lobo solitário... Ah! Como um lobo solitário...

* Nota do autor metido a besta:
canção de acampamento (em lá maior), gostosa de cantar e ouvir.

UNS VERSOS, para Noer * Marferart



De tirar o fôlego!


UNS VERSOS, é uma canção para ela.

Uns versos, uma canção
A moça, a bossa, a fossa, o violão
Derramam dissonâncias sobre o mar do Arpoador
E um bom chopp gelado reverencia o amor

Eu ouvi falar
Que surpreendentemente pop star
Com tanta graça
Essa menina passa, ao sol, pro mar
Que até a poesia vem olhar

O sol partiu-se em sombras
Um belo barco à vela enfeita às ondas
O vento varre a tarde preguiçosa que findou
Aflita...Copacabana...Se iluminou...

Um chopp, a dissonância, um grande amor
A bossa, a fossa, o mar do Arpoador
A noite cai depressa, sensual e atrevida
E, eu quero, namorar a sua vida...

Ah! Eu quero namorar a sua vida..!

sábado, 12 de abril de 2008

PARTIR * por Marferart



Estação Ferroviária
de Além Paraíba-Porto Novo do Cunha/MG
(ao fundo o Morro da Conceição, onde um dia perdí meu coração...)



http://www.youtube.com/watch?v=9kx2qLISTU8&feature=related

PARTIR

O que será partir?
Será sair de mim. de nós, da vida?
Será sair da dor, do hoje, do amor, do sonho?

O que será partir?
Será mudar o rumo, a travessia doída
Será matar a flor, de longe, o alvo tristonho

O que será partir?
Será buscar um caminho, destecer o antigo nó
Será deixar os molhados olhos e o sofrido coração ao chão
Aos pés de um novo amor e dizer: "Cuidas de onde pisas é sobre mim que caminhas?"

O que será partir?
Será ir-se em fim, tornar de novo ao arredio pó?
Será tornar a espatifar o combalido coração contra o imundo chão?
Será aceitar em fim, que continuar a vida tacanha é o que precisas?

Será preciso para isso uma reforma catatônica, arquitetônica
E, uma varrida vertiginosa com vassouras de vidro com cobre puro?
Será preciso para isso coragem de titã, jogar o mundo à baixo e tornar-se faraônica?
E, mudar conceitos estabelecidos a milênios, por alguém que não você, para amar amores indefinidos, sem prazeres nobres, impuros?

E então dizer: "Como a vida é insegura, como é bom viver no colo de Deus!"

Ah! Mas se pudesse, queria o colo do meu definitivo amor: O seu!

Tudo isso com a benção do feliz compositor e aquela tal trilha sonora: "...quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou..."

“...Já sonhamos juntos, semeando as canções no vento, quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar... às canções sabemos de cor, só nos resta aprender...”

Ser feliz é muito difícil, eu sei. Mas, ser feliz é tudo o que se quer...

TE AMO * Marferart

art mar fer

Quando estiveres por chorar
Pense que posso te brincar
Pense que posso te bulir
Te fazer voar

Quando estiveres por chorar
Pense que sou teu amigo
Que te beijo o umbigo
E que como abrigo
Te cubro e digo
Te amo...

E se isso te fizer sorrir
Te fizer feliz e assim seguir
Que saibas que jamais estarás só
Que somos canção de Si à Dó
Que nossos corpos estão no mesmo nó

E que reaprendendo como fazer
Ao sentir prazer diremos: Amo você!!!
Sabias?
Amo você!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

QUEM SOU EU? PERGUNTE À D'ÁFNE. * por Marantbarfer

A Deusa Mãe

[Lagrimas_de_sangue.jpg]

Hoje estou triste, acuado e oculto dentro da enorme caverna escura da minha cabeça.

Só, com meu violão que arpeja Black Bird Fly e Dear Prudence.
Olho o mundo das janelas tortas e sombrias dos meus olhos cegos,
Com medo de ir lá fora e tropeçar no inexorável,
Bêbado que assaz estou.

Não tento conduzir-me e jamais te darei a mão.
A menos que proves ser minha adorável Dáfne.
Ah! minha amada, que sobreviveu às ondas e tempestades do ardiloso Netuno.

Quem poderia salvar-me de um mar tão denso,
programado por Zeus,
Turvo e profundo, estranho túmulo no Triângulo das Bermudas ?
Quem trataria dessa vergonhosa antítese de Apolo,
Dessa derrocada em que me transformei?
Quem, senão sòmente minha eterna amada Dáfne.

Minha louca Dáfne...
Onde estarás agora...?
Em que mares revoltos...?

Ouço o cânticos das cigarras azuis, em delírio.
Sinto o odor do âmbar negro e dourado.
E os violinos vermelhos da Alenxandria.
Será você a chamar-me...?

Afrodisia Dáfner...

A PAZ! * por Marferart ( À Noer)


A PAZ!


"Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto,

que vejo e que faço, não do tamanho que os

outros me querem..."


http://br.youtube.com/watch?v=nC-pTIfE37Q

A PAZ!


A PAZ apeou no meu coração
E se multiplicou demais
Pois chegou qual flor em botão
E
chegou em luz tão liláz
Diminuto acorde em violão

E
fez o que a paz sempre faz
Me sorriu e me deu a mão
Me mostrou um caminho audaz
Prá poder contemplar "outra paz"
E fazer esse dia feliz demais


Á Noer Martins Paz

terça-feira, 8 de abril de 2008

AUTO RETRATO * de Helena

Helena:


Auto-retrato

Gosto do silêncio
Onde se escutam os pensamentos e o coração bater
Gosto da profundidade das águas... E da alma.
Sou do contra
Gosto da margem ...
Ascendente em fogo, alma de hippie
Pés no chão de uma estrada com direções opostas
Sou um leve papel cintilante no meio do vendaval
Um gosto picante na uva doce
Mistério acalentado na mistura de gerações


Sou um rosto em suaves mudanças
sendo levado pelo vento agressivo do tempo.
M.R.

Helena

Por Helena * Marferart




Por que me falaste de arco-iris.
Espero que perdoes esse teu velho amigo incauto.
Por vezes as palavras me soam frívolas ou latentes
Por outras ambíguas, doentes...
Mas com você insisto em ser fidalgo
Talvez por essa fisionomia que encontraste,
tão inocente, envolvente, cara de duende...


http://www.youtube.com/watch?v=-ElevYsUDO4


(Parte de, Permanecer Inválido...)


...olhei alem do horizonte, do final, depois do arco-iris
Na esperança de ver teus seios e imajinar teu leite de virgem
Quem dera colher tal seiva na glande de meu pires
E com tamanho arfar te provocar vertigem

Depois cálido, demaiar e constituir-me inválido
Capaz apenas de saciar-te aos lábios
Em outra fonte, é claro...

terça-feira, 1 de abril de 2008

A SAUDADE * por Marferart


art mar fer


A Saudade

A saudade aperta em tão breve e curto espaço...
A saudade vem em minutos de sem contato
A saudade aperta por vidas que não te ví
A saudade existe porque não estás aqui
(ou porque não estou aí...)

A SAUDADE EXISTE POR QUE SÓ SENTÍ
A saudade basta, à mim que distante estou
A saudade é fato, mesmo quanto te lí (e relí)
A saudade bate em mim porque nunca vou
(matar a saudade, que mata à mim de amor)

A saudade pode me livrar de tormentos
A saudade sabe findar esse mal tão lento
A saudade pode me levar no vento
Ao aconchego morno de Santana do Livramento
Ah! Saudade... Porque tanto sofrimento?

à Noer, PAZ