É preciso rastejar
Esfregar a cara num chão
Rude e muito sujo
E, num bueiro sem tampa
Um mergulho
É preciso caminhar
Num asfalto negro de gordura
Liso, o dito cujo
Com baratas tontas e tantas
Na Prado Júnior
É preciso viver
Flutuar passaredos nas docas
Como num Canal do Panamá, Bravo, executado
Saltar da rampa
É preciso beber
Cruzar réu, novas poças
Nos paralelepípedos transparentes
Nos alados trilhos, magros
E num bar sombrio um trago, um samba
E aí... Cair nos braços leves e ardentes de Olívia Byington
Ainda sujo de lama e sais
E aí... Morrer nos braços torpes, crassos e fartos
De Mariana, belíssima, de Moraes. De resto, quanto a amar... Amar, nunca mais!
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