segunda-feira, 20 de agosto de 2007

PERDIDO SENTIDO

De minha irmã Claraflor de Maio


Prisão é a caverna escura cercada de cortinas
onde a claridade dos ideais derramados em paginas
de apostilas e livros
é a esperança querendo me convencer
q a droga desse mundo
ainda faz algum sentido
Tenho sentido nenhum
p sentir o q ainda sinto
e o q sinto muito
em ainda sentir...
Estou presa no inferno
q já foi doce
feito o musse de manga
ou salgado feito a mão q errei
no inferno q já foi lar doce lar
q já me fez feliz
cheirando a almoço fresco
ou bolo saindo do forno
ou ainda a banho d espuma
no final da tarde exausta
da luta d cada dia.
Sol maldito sol!
porque não me queima
vem como um meteoro atirado do inferno
das minhas neuroses
e deixa d mim apenas o sorriso d minha mãe
contando p amigas o quanto eu era boa e maravilhosa
Mal sabe ela o quanto fui covarde
se quer p minha bolsa tive coragem d contar
a vontade q acordou comigo hoje
me dando corda
e o vidro inteiro de calmantes
ou ainda uma pobre alma sem culpa
q me faria o favor
de atirar no asfalto
a minha dor.
Q inferno seria pior q a nostalgia
ou a ilusão morena q assombra a crença
q um dia tive
nos anjos nas guias ou em Deus?
Não tenho mais a mim
pq fui p dentro do eu
e o eu se calou
pq se cansou de me avisar
d tentar me convencer q o esquecimento
dói menos q aquela saudade q t acorda
no meio da madrugada
e ouve o vazio da rua
vendo o estrago
q lágrimas d coração
fazem na alma
e no ser q um dia lutou p ser gente
mas agora luta p ser um simples ser
q aceite ao menos a frustrada existência
q o amor deixou d esmola
p q a alma não morrente na fome dessa ausência
q estupra-me os nervos e o desgraçado coração
q me mantém viva...

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