domingo, 26 de agosto de 2007

E QUANTOS GRÃOS...? * de Marantbarfer

E quantos grãos de areia apenas na concha frouxa da minha torpe mão?
E quantas super novas brilhantes na zona eclíptica da nossa Órion?
E quantas milenares fulgurantes em cada galáxia fosforescente do Universo?
E quantas estrelas reflectivas somente na constelação da minha alma, a Ursa Maior?

Não sabes de areia?
Nada vês nas estrelas?
Não enxergas galáxias?
Nada vês, nada sabes...?

Então não me reconhecerás.
Não abusarás do íntimo de meu corpo.
Já que nada lerás em meus olhos mortos.
E nada verás no fundo do meu coração tenso e aflito,
Pois minha alma não te pertence, meu saber não é para tí e meu amor indolente será servido ao mar.

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