domingo, 26 de agosto de 2007

O HOJE ! * DE Marantbarfer

Corri do Dakota ao lago do Central Park
Corri do estampido, do eco
Corro até hoje!
Depois fui a praça da Paz ver as pessoas
E suas inúteis velas
Paulo Francis vomitou asneiras
Nelsinho consertou com um concerto
Mas o pesadelo ainda ruge

Agora vou à Marina pensar
E ver barco à vela
Rogar por novos tempos, doar um trocado ao pivete
Viver erros e acertos
Caí na real, acordei
Chega de estrelas de luz distante
A mão na cal, me toquei
Chega de lua de quarto minguante
Olho prá frente e sigo, é tempo.

Nem vejo a carne da moça nua
Estico um novo passo, firme.
Ignoro o brilho da luz na rua
Agora sou sério, adulto, rude.
Não quero mais o céu de Araruama
A noite volto prá minha cama.
Noite escura prá quem não ama.

A poesia secou.
A engenharia brotou.
Ah!Minha bela flor de pedra!
Também há beleza no procenium de aço patinável
Que se engendra
Tirar a poeira do empírico imaginado
E ignorar o lírico sonhado
Capacete à mão
Silenciado o coração
E um caminhar parado.
Bom dia prá mim nesse novo tempo!
Mas estou só, no silêncio da desistência
Perdido na saudade da poesia plena
Tentando entender o para quê dessa ausência
O prá quê da complacência

Absolutamente parado e só
Cercado por tanta gente, no meu projeto trêmulo
Alguém viu um poeta por aí? Pergunto desavisado
Ninguém ouve o meu grito calado
Um aceno e o cumprimento
Bom Dia Doutor!!!

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