sábado, 24 de maio de 2008
SOLIDÃO
Solidão...
De manhã...
Os olhos cheios de areia
Ou seriam estrelas?
A mente cheia de sono
De um belo sonho
Dedos inábeis
Procuram as cordas amáveis
Toco "Dear Prudence"
Pois só tenho você em mente
Fiquei sedento, eu que caminho lento
Que a tanto tempo, nem tento...
Amanhece, preciso ir
Andar na orla e sentir
Tocar meu rosto, teu lenço
Ao sabor do leve vento
Ah! Meu bólido interplanetário
Faz de mim um cavaleiro templário
Que motivado por seu rijo instrumento
Voa até Livramento
E captura sua Dáfne de íris de mel
No braço másculo, que já não é
Rapta sua amada e em fuga pelo céu
Chega a doce Grécia para em fim amar
A sua Noér
terça-feira, 20 de maio de 2008
A BATALHA FINAL! *** Marferart
O amor forte e verdadeiro é possível...?
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A BATALHA FINAL ! * de Marferart
"As naves se alinharam silenciosamente pro último instante de concentração.
Sustentando-se no nada, flutuando no fim do recanto mais escuro do Universo.
Um último bólido prateado, com ansiedade, finalmente se agrupa aos demais
com visível e especial responsabilidade.
É o mortal guerreiro Monley Zetta, do planeta Crow, imbatível e maior esperança
guerreira em batalhas e no resgate especial que se anuncia, justo ele que a ama tanto
e não claudica em buscar o êxito, levando em seu pescoço o lenço vermelho de sua amada.
Nessa última tentativa, à preceder o combate, cem milhões de descomunais caixas de som
com quatro mil vezes mais essa quantidade em colossais alto falantes futurìsticamente dissonantes e uma quantidade superior ainda em holofotes com as cores do arco-iris, do sul
da Livramento, asteróide fronteriça interplanetária, terra natal de nossa heroína.
As luzes, em altíssima definição serão lançadas contra o alvo inimigo como prenúncio de vitória.
A canção escolhida para acalentar o embate é “Love”, de J Lennon (um artista do passado longínquo, dos primórdios mesmo, cujo o trabalho ou o que restou dele foi encontrado em escavações recentes no planêta morto de nome terra, onde ele possìvelmente esteve). Love, na remota antiguidade, era a palavra que denotava amor e muitos a cantavam com especial carinho a suas amadas, principalmente se fossem atrizes sensíveis, como é o caso da bela e adorável Bruma Noér, de Orã.
Preparem-se, a batalha será demoníaca e todo o Universo sentirá seus efeitos, nada deterá aos que amam ( e não são poucos) e querem de volta ao lar a belíssima e intrigante "Bruma Noér de Orã”, mística mistura de mulher, luz estelar e atriz.
O cronômetro zera e luzes explodem em esplendor no fim do Universo, um som ensurdecedor soma-se a luminosidade magnífica e todas as naves partem em velocidade alucinante para a grande batalha. Monley Zetta lidera a interminável frota de bólidos conduzindo-os com sua extraordinária habilidade e em breve a belíssima Bruma Noér estará de volta!
O Universo inteiro brilha, como se cem quinquilhões de quasares de super estrelas esplodissem simultâneamente. Nós todos aguardamos em júbilo, convictos que a rendição dos algozes já aconteceu. Monley Zetta já tem Bruma Noér em seus braços e a festa já pode começar.
The End
sábado, 17 de maio de 2008
CONTEMPLAÇÃO NO HOJE! * de Marferart
art mar fer
CONTEMPLAÇÃO NO HOJE! * de Marferart
Hoje
Escrevi seu breve e belo nome
Na areia
O mar me olhou sorrindo
E aprovou
Nunca fiz algo tão sincero
Franco
E emocionante, em toda a minha vida
Dormiria com você
Não para tocá-la, minto,
Com minhas mãos rudes
Mas para a vigília
Contemplaria o céu e a ti
Por toda noite
Nessa alternância, daria a mão a ti e as estrelas
Como à Cecília de Creta
Com emoção e ternura
E de manhã te tocaria os lábios, te beijaria os pés
E perguntaria: "Posso servir-lhe o café?"
Tens o perfume do D'Orvillier
Vindo em seu hálito que não roubei
Na madrugada fria do sul
Depois
Com o peito prenhe
De todo amor que há nessa vida
Partiria feliz, para ganhar o dia, na rua que ferve...
Após o revolver, vem a PAZ...
sexta-feira, 16 de maio de 2008
LUA E SOL, será possível...? *** Marferart
PASSEIO E RESSACA
Desci a Estrada do Pontal
Na seqüência vem a Sernambetiba
Cruzei assim do Recreio ao fim da Barra
Continuei por São Conrado, na margem.
Pela via litorânea, onde fulgiam luzes,
de raios de sol.
O oceano é perplexão, ainda as margens do Leblon.
Até o Jardim de Alah.
Cruzei Ipanema em paz
Dobrei em direção a Lagoa, fui ver meu filho
Que mora no Humaitá, embaixo do Cristo, onde o céu é liláz
E só depois então, voltei por Botafogo, contemplando a Urca
As margens sombrias da enseada, o Pão de Açúcar.
No fim de tarde, pelo túnel é claro, voltei a Copacabana
E, pensei: Poderia ter visto a minha Pedra de Guaratiba
Minha casa, meus cães, meus jardins
Pobre de mim...
Ah!!! Re-pensei... Isso faço amanhã.
Quando secar a bruta ferida.
Por hoje, vou colher rosas e margaridas
Que por ter nomes de mulher, são minhas preferidas
Como pode alguém ficar triste se desfruta de tal privilégio?
Quer me deixar triste? Diga-me palavras rudes e de descaso
Quer me magoar? Ignora-me monossilábicamente
Não é (quase) mais você quem está aí? Não, não é!
Mas logo supero tudo, com um bom banho frio, de mar
Um chopp gelado, um whisky e uma conversa de bar
Um violão, uma canção, um bronzeado ao luar
Só não tem arco-iris pairador, flutuando ao olhar, no ar
O que prova que a perfeição é utopia, quimera à bailar
Computador, nem pensar
Só para trabalhar, quando tudo passar.
sábado, 10 de maio de 2008
TEOREMA
TEOREMA * Marferart ( a canção)
Teorema - (em)
Vulcões, mísseis, ogivas
Pulsar, barco à deriva
No mar sereias virgens
Chuva, fogo e vertigens
Adágios, romances, rajadas de vento e de mirra - caminham na luz
Jorrando qual lava gelada, qual talho na carne - mistérios na cruz
Segredos em mantras, incensos, Teatro em Pompéia - um clarão no luar
Carícias num ventre, fagulhas de amor, uma ode - num colo de mar
Tu si, ànima é core
Vulesse spremere il dulure
Magias e danças ciganas num porto em Hanói, Casa Blanca ou Berlim
Um banho de música, sonhos e de um vinho que jorra do céu sobre mim
Um raio ruidoso une reza e razão entre Roma, Rhiad e Dublin
Os rastros do RAM, dogmas do Ramadã, Tel-alViv e Teerã - Teorema sem fim
O galho treme -Tende à quebrar
Eu nada temo - Pois sei voar
Migram as aves - Desse atol
Rumam qual naves - Pro por do sol
terça-feira, 6 de maio de 2008
SÃO SEIS HORAS DA MANHÃ * Marferart
Ardo em febre terçã
Lua e sol nos iluminam
E nos unem como imãs
Nesse navegável cio
Há um fogo fugidío
E eu me rendo ao desafio
De acender esse pavio
De amor.... Às seis horas da manhã (3x)
Beijo e toco tua lã
E teus seios de maçã
Passarinho e flamboyant
Somos um nesse divã
Roço o verbo, o verso, a mão
E te enfeito o coração
Te desenho uma canção
E desperto um furacão
Acorda amor... São seis horas da manhã (3x)