sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

SANDRA * por Marferart

Me aperta o peito
Sopro de choro
Sofro


É fim de tarde
Sol ainda arde
E eu tão covarde


Procuro um sonho
Te proponho
Vem comigo?

Quero o abrigo
De abraço lindo
A ouvir o que digo

Mas estás tão distante
E embora radiante
És adeus de colibrí

Já me vou
O tempo passou
E eu perdi


Sou como o trigo
Molhado sou visgo
Sêco, poeira


Amo teu flerte
E tua blusa verde
Tua negra cabeleira


Pena não ver-te
Em minha branca rede
Ter tua pele morena


Tua tez lavanda
Tua boca moranga
E esse cheiro de Sandra

Entende agora
Meu peito que chora?
...E porque sangra?


Vou voltar a meu canto
Pra poesia que conto
Lá me entendo, quieto,
Lá sou prosa, metro e verso

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