sábado, 15 de dezembro de 2007

OLIVIA BYNGTON * por Marantbarfer

Olivia Byngton

É preciso rastejar
Esfregar a cara num chão
Rude e muito sujo
E, num bueiro sem tampa
Um mergulho profundo

Nas baratas tantas e tontas

Do dito cujo

Pra só então merecer os braços leves e ardentes de Olívia Byngton

É preciso caminhar
Num asfalto negro de gordura
Liso, o dito cujo
Com baratas tontas e tantas
Na Prado Júnior


É preciso beber
Cruzar réu, novas poças
Nos paralelepípedos transparentes
Nos alados trilhos, magros
E num bar sombrio um trago, um samba

E aí... Cair nos braços leves e ardentes de Olívia Byington
Ainda sujo de lama e sais

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