quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

DOR * por Maranbarfer

DOR

A dor atinge os muros, as árvores, o pântano
A dor atinge os mares, as claves, o âmago
A dor atinge os puros, os frágeis, os brandos
A dor atinge os belos, os broncos, os lânguidos

A dor se espalha qual neve, qual chuva, qual vento
A dor não sabe de dor, tristeza ou sofrimento
A dor só flerta com almas, com vidas, no triste momento
Em que dor, como dor, é suprema e te inunda o lenço

Mas a dor também passa, também morre e se vai
Mas á ela nada resta, nem saudades, nem áis
Portanto fique firme e atenta, pois a ela dirás good-bay
E ficará apenas a beleza e a leveza de quem te deu amor e paz
Ela sim... Na saudade da ausência, não esquecerás jamais...

E ainda, saiba, que poetisas não morrem. Apenas se afastam demais.

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