sexta-feira, 16 de maio de 2008

LUA E SOL, será possível...? *** Marferart


PASSEIO E RESSACA

Desci a Estrada do Pontal
Na seqüência vem a Sernambetiba
Cruzei assim do Recreio ao fim da Barra
Continuei por São Conrado, na margem.

Pela via litorânea, onde fulgiam luzes,
de raios de sol.

Manhã chegando...








O oceano é perplexão, ainda as margens do Leblon.
Até o Jardim de Alah.
Cruzei Ipanema em paz
Dobrei em direção a Lagoa, fui ver meu filho
Que mora no Humaitá, embaixo do Cristo, onde o céu é liláz
E só depois então, voltei por Botafogo, contemplando a Urca
As margens sombrias da enseada, o Pão de Açúcar.
















No fim de tarde, pelo túnel é claro, voltei a Copacabana

E, pensei: Poderia ter visto a minha Pedra de Guaratiba
Minha casa, meus cães, meus jardins
Pobre de mim...
Ah!!! Re-pensei... Isso faço amanhã.
Quando secar a bruta ferida.
Por hoje, vou colher rosas e margaridas
Que por ter nomes de mulher, são minhas preferidas

Como pode alguém ficar triste se desfruta de tal privilégio?
Quer me deixar triste? Diga-me palavras rudes e de descaso
Quer me magoar? Ignora-me monossilábicamente
Não é (quase) mais você quem está aí? Não, não é!

Mas logo supero tudo, com um bom banho frio, de mar
Um chopp gelado, um whisky e uma conversa de bar
Um violão, uma canção, um bronzeado ao luar
Só não tem arco-iris pairador, flutuando ao olhar, no ar
O que prova que a perfeição é utopia, quimera à bailar

Computador, nem pensar
Só para trabalhar, quando tudo passar.

É, parece que não vai ser tão difícil. Doloroso, talvez...

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