quinta-feira, 17 de abril de 2008

COMO UM LOBO SOLITÁRIO * Marferart




Como Um Lobo Solitário


Quando repenso a poesia que Joca falou
Cravo no peito o punhal do mais profano amor
Jorro a lava de fogo pro fundo do mar
E mancho em vermelho a prata da luz do luar

Luz de cetim que rebrilha a língua polida da foice
Lume infinito que o arbítrio violento rebate na gana do açoite
Num céu bordado de estrelas no longíguo ventre do escuro da noite

Já me esgueirei pelas sombras de El Salvador
Perambulei por Saigon em vielas tão prenhes de horror
Sheron Thomaz de Aquino é o fino perfil do esplendor
Ao ver quão sutíl é o amor me gritou: " I Dont'Now!"

Tola papoula estiola perfumes tão raros na moça da esquina
Rubros coágulos vírgens provocam vertigns nessa bailarina
E eu continuo à rasgar essa noite com a fôrça de um raio
Como um lobo solitário... Ah! Como um lobo solitário...

* Nota do autor metido a besta:
canção de acampamento (em lá maior), gostosa de cantar e ouvir.

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