sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

CHUVA ÁCIDA * por Marferart (canção em D)

Chuva Ácida

Chove uma chuva tão ácida
Éter, volátil, tão cáustica
Louca alquimia dos céus
Carbono em lavas e fel
Que flama o sol qual cortina
No céu de Amaralina
Nenhuma vida resiste
A benção do apocalípse

Chove uma chuva epidêmica
Lodosa, ferruginosa
Letal, atômica, turva
Criptonita absurda
Placenta de água viva
Calda senil radioativa
Parece moça sofrendo
Em dias de sangramento

Valha-me a tal Maria.
Mulher de um tal Lampião
Que a chuva apocalíptica
Não me derreta mais não

Valha-me a Virgem Maria
Senhora do ribeirão
Afaste a chuva que mata
Do coração do sertão

Seria culpa de Orós
Quem sabe, dos esquimós
Só pode ser do inocente
A culpa que mata a "gente"
Valham-me as tais Marias
Nesses meus últimos dias...

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